quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Fique por dentro do novo CD da NX Zero, Sete Chaves


Mesmo antes de chegar às lojas, o novo CD do NX Zero, Sete Chaves, já prometia ser sucesso. O single 'Espero a minha vez' mal chegou às rádios e já estava entre as músicas mais pedidas no Brasil todo. Quer ficar por dentro de todas as novidades que rondam esse trabalho e saber se a banda ainda se empolga tanto com shows e premiações quanto no começo da carreira? Então, confere aí o papo que batemos com o guitarrista Fi.

Kzuka – O que Sete Chaves tem de diferente em relação aos demais discos do NX Zero?
Fi – Ele é mais nosso, mais simples, mas também não passa despercebido. Estávamos mais seguros e confiantes pra explorar coisas diferentes na hora que queríamos e fazer coisas mais simples quando tínhamos de fazer. A maior preocupação foi elaborar os timbres – essa é uma diferença que se percebe logo de cara. As músicas são mais pesadas, sim, e foram arranjadas para ser mais agressivas propositalmente, da mesma forma que as baladas e acústicas receberam um tratamento e elementos que as deixam mais suaves. O disco tem toda uma dinâmica, com várias atmosferas diferentes.

Kzuka – Quanto tempo vocês levaram entre produção e gravação?
Fi – Três meses. Foi tranquilo. Durante o ano, o Gee foi jogando as ideias e formando um esqueleto das músicas com uma melodia e o Diego pensando em algumas letras.

Kzuka – Pra vocês, como foi lançar o single (Espero a Minha Vez) e já ver a música figurando entre as mais pedidas em rádios de todo o Brasil?
Fi – Ah! São os fãs, cara! É demais isso! A expectativa pra ver algo novo era tão grande que, assim que ele foi lançado, a galera já fez questão de ligar, votar e fazer mesmo tocar na rádio. Nossos fãs são responsáveis por grande parte do sucesso que fazemos na mídia. É meio que um presente deles pra gente, entende?

Kzuka – E hoje, mesmo o NX Zero já sendo uma banda consagrada, ainda rola entre vocês aquela necessidade de se afirmar, de provar pra crítica que o som de vocês não é só mais uma modinha?
Fi – Na verdade, nunca nos preocupamos em provar pra crítica. A maior cobrança é com a gente mesmo. Não que exista uma obrigação de fazer algo diferente do que rola, mas é uma cobrança nossa de fazer um som que adicione às nossas próprias vidas. Esse disco é um exemplo disso. Fizemos o trabalho de forma natural, superespontânea, sem pretensão de provar algo pra alguém e ficamos super-realizados.

Kzuka – Entre a banda, qual a música preferida?
Fi – Cada dia é uma! É muito difícil, porque cada uma delas tem um clima. Mas tem algumas que podemos destacar. Acho que 'Zerar e recomeçar' é legal, porque é muito diferente do que a gente já fez em termos de composição, estrutura, arranjo e timbres, mas sem perder a nossa personalidade. E tem outra que é 'Confidencial', uma música muito forte, direta e pesada.

Kzuka – O surgimento do Twitter trouxe ganhos para vocês na relação com os fãs ou divulgação da banda?
Fi – Acho que aproxima muito. Às vezes, eu escrevo alguma coisa, tipo: tô indo não sei aonde ou cheguei em casa e vou dormir. Mal escrevo e já vejo a galera respondendo, alucinadamente, na hora. Essa proximidade com os fãs aumentou.

Kzuka – E por que vocês decidiram divulgar o nome do disco primeiramente pelo Twitter?
Fi – Ah, sei lá! Acho que porque era o que todo mundo da banda tava usando mais na época. É algo mais prático e com resposta mais rápida entre a galera.

Kzuka – Por que a escolha do nome Sete Chaves?
Fi – Porque estávamos vivendo um momento de união, não só entre a gente, mas com todos, desde a nossa equipe técnica – que viaja conosco e monta o palco – até o pessoal da produção. Era mesmo pra simbolizar o quanto tudo isso é importante pra gente.

Kzuka – Por que usar arte ao invés de uma foto da banda na capa do CD?
Fi – Surgiu essa ideia e a gente achou ótimo. Foi até legal, porque valorizou o lance do CD. Não é porque não vende tanto quanto vendia antes que temos de abrir mão e fazer de qualquer jeito. Então, quem ainda compra vai receber um negócio legal. Teve uma preocupação com a qualidade do material mesmo.

Kzuka – Em relação aos prêmios, ainda rola entre vocês aquela gana de querer levar tudo?
Fi – Na real, nunca foi uma gana. Não tem aquele negócio de “temos de ganhar todos, senão a banda vai acabar”. Essa nunca foi a nossa principal meta ou prioridade. É mais um presente dos fãs pra gente.

Kzuka – E como eles reagem quando vocês não levam, como aconteceu, há pouco, no VMB?
Fi – Nossa! Já teve fã que pediu desculpas. É engraçado, até. A gente tem de explicar que a vida não é só isso. Muita gente, na época do VMB, veio dizer: “Pô, vocês perderam pro Fresno!”. Mas nunca rolou isso entre as bandas. Acho que a mídia é que quer gerar uma conversinha assim pra, sei lá, vender notícia. (risos)

Kzuka – E como tá a rotina de shows este ano?
Fi – Foi um pouquinho mais fraco. No começo do ano, foi aquele papo de crise, todo mundo com medo de colocar grana e contratar shows. A partir do meio do ano, teve gripe suína e os pais dos nossos fãs mais jovens ficaram receosos de deixá-los ir a um lugar fechado, com um monte de gente. Mas mesmo assim, chegamos a fazer uma média de 10, 12 shows por mês. Foi bom.

Kzuka – Essa rotina ainda empolga vocês ou chega um momento em que enche o saco?
Fi – Cansa, cansa... Mas o que a gente não quer é perder qualidade, sabe? Não adianta também fazer 30 shows e ser uma b#$%. O importante é conseguirmos fazer um show bom, tanto na parte de performance quanto na técnica e de logística. Este ano não foi de todo ruim deixar de fazer shows em alguns finais de semana, porque valeu a pena pro disco. Pelo que eu me lembro, ficamos de folga em dois finais de semana.

Kzuka – As músicas novas já estão nos shows?
Fi – Algumas estão. Estamos tocando o single e colocando uma nova, que é a segunda faixa, Só Rezo.

Kzuka – Turnê nova à vista?
Fi – Estamos preparando pro ano que vem. Este ano estamos fazendo testes. Algumas da turnê do Agora vamos ter que deixar de tocar e colocar as do disco novo. Então, quem foi aos shows deste ano vai ver coisas novas ano que vem.

Kzuka – E hoje, quais são os objetivos do NX Zero? Aonde vocês ainda sonham chegar?
Fi – Putz, a gente já pensou em muita coisa! No começo do ano, vai rolar mais uma surpresa pra galera, um negócio que estamos preparando, mas que eu não vou contar agora. Sempre pensamos em tocar fora do país, ainda mais que descobrimos, pela internet, que temos fãs no México, Chile, Argentina... Como tivemos a oportunidade de gravar um programa do canal Boomerang, que passa na América Latina, fizemos duas ou três versões dos nossos singles em espanhol. Então, queremos muito viver essa experiência de tocar no exterior.

FONTE: Kzuka

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