sexta-feira, 30 de outubro de 2009

NX Zero quer atrair fãs mais velhos com novo álbum


Em Sete Chaves banda mostra mais maturidade e outras influências; turnê começa em março.

Fabian Chacur, do R7


Mais seguros e com vontade de explorar novas influências musicais, Di Ferrero (vocal), Gee Rocha (guitarra e vocais), Fi Ricardo (guitarra) e Caco Grandino (baixo), do NX Zero, quiseram arriscar mais no novo CD. O recém-lançado Sete Chaves revela uma nova fase da banda, cheia de novas apostas. Com isso, esperaram atrair um público mais velho, sem deixar de agradar os adolescentes.

Para satisfazer os jovens, os músicos dizem buscar alternativas para não perder o contato com o público. Uma das armas usadas por eles é a internet. Dani Weksler (bateria) contou ao R7 o que os fãs podem esperar do novo trabalho e revelou que a nova turnê começa em março de 2010.

R7- Como foram as gravações de Sete Chaves, e o que rolou de diferente em relação às outras vezes em que vocês gravaram?
Weksler -
Dessa vez tivemos a oportunidade de fazer a pré-produção do disco no Midas Estúdio, que é o mesmo onde gravamos. Foram dois meses de trabalho, tivemos muito mais tempo para experimentar, e o nosso produtor, o Rick Bonadio, participou mais, ficou mais do nosso lado, se envolveu mais com as gravações. Essa pré-produção foi tão boa que conseguimos gravar o disco em apenas 28 dias.

R7- Em termos musicais, o que mudou?
Weksler -
Nossas letras agora abordam temas diferentes, tem dinâmicas musicais diferentes, e influências sonoras bem diversificadas em relação aos anteriores. Pudemos experimentar mais timbres, trouxemos para o nosso som influências das coisas que a gente ouve no nosso dia a dia.O resultado ficou mais visceral, mais real, com mais personalidade, fugindo do padrão que rola no rock atual. Quem ouvir com fone vai curtir muito, pois existem muitos mais detalhes para o pessoal curtir.

R7-Como surgiu o nome Sete Chaves? Nenhuma música do disco tem esse título, não há essa frase em nenhuma delas. Tem a ver com o conceito desse trabalho?
Weksler -
Sem dúvidas. Aprendemos com o tempo, com o nosso momento, sem apressar nada, tudo a seu tempo. Hoje, temos capacidade para fazer coisas que a gente gostaria de ter feito antes, mas que ainda não tínhamos condições técnicas e a maturidade para fazer. É como se essas coisas estivessem fechadas a sete chaves dentro de nós, e agora saíssem, nesse CD.

R7-Qual a música que mais passa esse clima de mudança, essa maturidade, na sua opinião?
Weksler - É Só Rezo. A letra dessa canção foi escrita pelo Di Ferrero após uma visita que ele fez no Morro do Alemão, do Rio, quando viu o potencial do pessoal que mora lá, das esperanças que eles tem. Acho que, agora, cada integrante do NX Zero está cuidando mais daquilo que faz melhor: o Di Ferrero com as letras, o Gee e o Fi com as melodias e os riffs de guitarra, eu com os timbres da bateria etc.

R7-O que você acha que Sete Chaves pode fazer por vocês, em termos de público?
Weksler - Acho que esse disco pode nos aproximar do público da nossa idade [média de 23 anos], e também de um público mais velho, sem que tenhamos forçado a barra para conseguir isso. A música de trabalho do CD, Espero A Minha Vez, mostra bem isso, pois fala da nossa história, de como a gente é e de como a gente encara a vida.

R7-O que mudou na vida de vocês com todo o sucesso gerado pelos discos anteriores?
Weksler - Nossos fãs nos colocaram onde nunca imaginamos que chegaríamos. O público que nos acompanha cresceu muito, a gente não consegue mais se aproximar tanto dele como antes. Estamos buscando alternativas para não perder esse contato, e a internet é uma delas. Aliás, a maior de todas. Não precisamos mais de megaexposição, procuramos bolar coisas diferentes para manter essa proximidade.

R7-Como você encara o momento atual do rock brasileiro?
Weksler - Lembro que quando o CPM 22 assinou com uma grande gravadora, a gente estava no começo, e isso nos incentivou. Hoje, quase 10 anos depois, tem muito mais gente gravando, isso é bem legal, as gravadoras abriram os olhos para um mundo que elas não conheciam. Para mim, quanto mais bandas, melhor. No Brasil, às vezes parece que só há lugar para duas grandes bandas. Não acredito nisso.

R7- Como você encara o momento pelo qual vive o mercado fonográfico, com a queda de vendas dos CDs, por exemplo?
Weksler -
A música vive um momento maravilhoso, muito grande, com venda de músicas via internet, celular etc. Esse é o caminho, você não pode ficar preso ao CD, a um único formato.

R7-Quando começa a nova turnê?
Weksler -
Oficialmente, só vai rolar em março de 2010. Mas já iremos encaixando aos poucos as novas músicas nos shows que estamos fazendo agora.

R7- Vocês pensam em lançar um DVD ao vivo?
Weksler -
Queremos fazer isso, sim, mas no seu devido tempo. Não queremos forçar a barra, fazer de qualquer jeito. Nossa ideia é ganhar mais estrada, fazer mais shows, para quando gravarmos, ser um trabalho bem legal.

R7- Quais são os próximos projetos da banda?
Weksler - Logo no início do ano que vem, vamos lançar dois novos produtos ligados à banda que eu ainda não posso revelar, mas que irão agitar bastante.

R7- Como é a relação de vocês com os shows? Que tipo de lembrança tem do início da banda, nesse sentido?
Weksler -
Começamos na cena underground, e naquela época, tocar no Hangar 100, uma casa de shows independente de São Paulo, era o auge. Não imaginávamos que, poucos anos depois, tocaríamos em shows para 50 mil pessoas, como fizemos na Praia Grande (SP), ou mesmo para 800 mil pessoas, em Brasília, ou em grandes festivais. Os shows gratuitos são os mais legais, pois é para um público que nem sempre pode pagar para nos ver, e que nos dá uma energia muito grande.

FONTE : R7.com

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